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2024


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30 e 31 de agosto

Lounge Talks

 

O programa de conversas da terceira edição do Rotas aconteceu nos dias 30 e 31, sexta-feira e sábado, em formatos variados.  

Na sexta-feira (30), as mesas contaram com a participação de artistas e curadores que discutem questões específicas da arte contemporânea brasileira. 

Já no sábado (31),  as conversas aconteceram em parceria com a Bravo!, com a presença de importantes artistas brasileiros apresentando suas pesquisas e trajetórias.

Escute os Talks em formato de podcast


30 de agosto

13h

Do alto do Mirante

 

Rodrigo Moura apresenta o novo setor e o desenvolvimento dos projetos das galerias participantes, e conversa sobre o estado geral da arte contemporânea brasileira, tanto local quanto internacionalmente. A conversa será conduzida por Silas Martí, editor-chefe de cultura da Folha de São Paulo.

 

Rodrigo Moura é escritor, editor e curador. Atuou em instituições brasileiras como o Museu de Arte da Pampulha (Belo Horizonte), Institu- to Inhotim (Brumadinho) e o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, onde organizou exposições de artistas como Melvin Edwards, Aleijadinho e Teresinha Soares. Entre monografias de artistas publicadas por Moura estão Lorenzato (São Paulo: Ubu, 2022), Patricia Leite: Olha pro céu meu amor (Rio de Janeiro: Cobogó, 2019) e Marcius Galan: Seção (São Paulo: Cosac Naify, 2015). Atualmente vive em Nova York, onde é curador-chefe do Museo del Barrio.


30 de agosto

15h

Cosmogonias digitais

 

Uma reflexão sobre como a inteligência artificial e mídias eletrônicas estão transformando o fazer artístico – ou pelo menos o circuito tradicional das artes visuais, sem perder de vista as possibilidades críticas de articular o presente com a ancestralidade e o futuro. 

Gabriel Massan e Guerreiro do Divino Amor | mediação Felipe Molitor

 

Gabriel Massan é um artista multidisciplinar que vive e trabalha em Berlim. Combina “storytelling” e “worldbuilding”, os cosmos que Massan cria e que simulam e narram situações de desigualdade. Emoldurado por uma prática conceitual que chama de “arqueologia ficcional” e trabalhando com animação 3D, escultura digital, jogos, som e instalações interativas, o artista desafia concepções distorcidas do chamado “Terceiro Mundo” enquanto investiga possibilidades de alteridade subversiva.

Guerreiro do Divino Amor (1983) é mestre em arquitetura. Seu trabalho investiga as Superficções históricas, religiosas, sociais e midiáticas que interferem na construção do território e do imaginário coletivo, formando um universo de ficção científica a partir de fragmentos de realidade. Sua pesquisa toma a forma de filmes, publicações, objetos, instalações e conferências.

 


30 de agosto

17h

O meu lugar no mundo

 

Uma discussão em torno da participação de artistas com identidades não-hegemônicas no sistema da arte: como artistas indígenas vêm atuando no mercado e nas instituições sem perder a potência de afirmação de suas identidades?

Gustavo Caboco | mediação Luciara Ribeiro

 

Gustavo Caboco, do povo Wapichana, atua nas áreas das artes visuais, da literatura e do cinema. Sua produção se desdobra em múltiplas linguagens, como desenho, pintura, têxtil, instalação, performance, fotografia, vídeo, som e texto, constituindo dispositivos para reflexão sobre os deslocamentos dos corpos indígenas, os processos de (re)territorialização e a produção da memória. Sua formação artística foi iniciada ainda na infância, no ateliê de costura de sua mãe, Lucilene Wapichana, que sempre contou a ele sobre a família, a paisagem e as lembranças da maloca do Canauanim, em Roraima, de onde foi levada muito cedo.

 


31 de agosto

15h

Entrevista com Ayrson Heráclito

 

Laís Franklin, editora-chefe da Bravo!, conversa com Ayrson Heráclito. Ogã do Jeje Mahi, professor da UFRB na cidade de Cachoeira/Ba, artista visual e curador. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC São Paulo, Mestre em Artes Visuais pela UFBA. Suas obras de instalações, performances, fotografias e audiovisuais, lidam com elementos da cultura afro-brasileira e suas conexões entre a África e a sua diáspora na América.


31 de agosto

16h

Entrevista com Nádia Taquary

 

Laís Franklin, editora-chefe da Bravo!, conversa com Nádia Taquary (1967; Salvador, BA) é graduada em Letras pela UCSAL e pós-graduada em Educação, Estética, Semiótica e Cultura pela UFBA. Em sua pesquisa, mergulha nas tradições e práticas sagradas afro-brasileiras, enfatizando a presença marcante do protagonismo feminino negro no Brasil e sua herança ancestral. Sua poética é expressa em esculturas, instalações e videoinstalações, como símbolos de identidade, religiosidade, empoderamento feminino e liberdade.


31 de agosto

17h

Entrevista com Thiago Martins de Melo

 

Laís Franklin, editora-chefe da Bravo!, conversa com Thiago Martins de Melo. Seu trabalho se desenvolve por meio da pintura, da escultura, da instalação, da animação em stop motion e da gravura. Valendo-se da prática pictórica como ponto de partida, suas telas ou objetos — normalmente de grandes dimensões — narram batalhas, rituais sincréticos e epifanias metafísicas, aproximando-se do gênero da pintura histórica e da colagem. O artista compõe, desse modo, um esquema meta-narrativo nos quais são retratados episódios de lutas anticoloniais com referências à indústria cultural e à história da arte.