No trabalho Gravidade existencial , o artista coloca em prática a meditação zen-budista, um trabalho corporal estático e rígido, além de uma reflexão existencialista da vida. Fazendo o uso de sua testa, ele mantém objetos do cotidiano – que também possuem uma carga afetiva – sustentados contra a parede a partir de diferentes ritmos de pausa e respiração. Numa breve e intencional passada para trás, deixa-os cair pelo espaço e, na sequência, “freia” o corpo no momento em que sua testa se encontra com a parede à frente.
Dessa forma, o artista questiona ação-reação sobre o próprio corpo. Quando em posição estática, tenta domesticar o fluxo, de maneira que não controla mais seu desejo. Deixa a desordem da operação agir e, repetidamente, continua a ação. Neste trabalho, o fato de permitir que os objetos caiam com a força da gravidade pode ser utilizado como uma metáfora sobre as forças que o mundo exerce em nossos corpos.
Confira a galeria