Editorial
Cursos e afins: o que fazer em novembro
4 Nov 2019, 2:11 pm
Por Giovana Christ
Em São Paulo, são inúmeras as atividades culturais que ajudam a manter as discussões em torno das artes visuais sempre atualizadas. Selecionamos cursos e encontros que acontecem ao longo de novembro. Descubra!
Minicurso: Artes e artistas na literatura contemporânea
5 de novembro | 19h-22h | R$40
Este minicurso ministrado por Thais Kuperman Lancman busca mostrar a presença do mundo das artes no romance contemporâneo, utilizando essa temática para apresentar autores de contextos diferentes, de maneira comparativa e de forma a compor um repertório em torno do que tem se tornado uma tendência da literatura atual. Por mundo das artes, entende-se personagens, artistas e processos criativos, assim como artistas reais que influenciam autores. Veja mais informações aqui.
Tapera Taperá na Galeria Metrópole (Foto: Divulgação)
Clube de Leitura Luiz Gama sobre Carolina Maria de Jesus, com convidada Conceição Evaristo
5 de novembro | 19h | Gratuito
Em edição especial, o Clube de Leitura Luiz Gama de novembro recebe a escritora Conceição Evaristo para falar da obra de “Diário de Bitita”, de Carolina Maria de Jesus. O hábito de anotar em diários a vida na favela levou Carolina Maria de Jesus a ser mundialmente conhecida depois que o jornalista Audálio Dantas reuniu seus escritos e conseguiu que eles fossem publicados. O livro “Quarto de despejo” foi lançado em 1960, vendeu dez mil exemplares em três dias e depois tornou-se best seller mundial. Embora “Quarto de despejo” seja sua obra mais conhecida, Carolina escreveu mais quatro livros, dos quais “Diário de Bitita” é um dos mais impressionantes, pois traz um testemunho dramático e emocionante da situação da população negra no período pós-abolição. Saiba mais.
O universo feminino e o Surrealismo
6 a 13 de novembro | 18h–21h | Gratuito
O Surrealismo, movimento artístico nascido em Paris na década de 1920, foi amplamente utilizado por fotógrafas para criação de obras. O curso propõe uma análise da influência do movimento nas imagens produzidas por mulheres, por meio da leitura de críticas feministas produzidas na época. Durante as aulas, os participantes serão orientados a produzir colagens conectadas ao seu espaço onírico, lúdico e crítico. Manuela Eichner, artista visual que vive entre Berlim e São Paulo, é responsável pelas atividades. Para mais informações, clique aqui.
Arte: Como Ver (e Entender)
7 a 21 de novembro | 20h–22h | R$ 555
Em três encontros, Sérgio Fingermann discutirá a interpretação de obras de arte por meio da análise de pinceladas, cores, texturas e das personagens destacadas. Ao final, haverá uma visita ao acervo em exposição do Museu de Arte Contemporânea da USP. Na segunda aula do curso, serão feitas leituras cruzadas de obras de Marcel Proust, as representações femininas na pintura e a música de Sergei Rachmaninoff. Fingermann é pintor e gravador, e expôs no Museu Nacional de Belas Artes (2003), na Pinacoteca de São Paulo (2012) e em feiras como SP-Arte (2019), ArtRio (2012), Pinta (2009) e Arco (2008). Saiba mais aqui.
Fotografia, racismo e antirracismo
12 e 26 de novembro; e 3 e 10 de dezembro | 19h–21h | R$ 200
O curso fará um panorama histórico e antropológico sobre a relação entre fotografia e racismo, explicando a proximidade entre a produção imagética e a escravidão no século 19. Também serão feitas análises das obras de influentes fotógrafos negros brasileiros e seus diálogos com questões de identidade e representatividade. Hélio Menezes, o ministrante, é mestre e doutorando em Antropologia Social pela USP, e desenvolve pesquisas sobre arte afro-brasileira, relações raciais, antropologia da imagem, museus, arte e ativismo. Saiba mais aqui.
Roda de conversa com Claudinei Roberto
16 de novembro | 11h | Gratuito
Claudinei Roberto é curador, artista plástico e professor. Além disso, é coordenador dos núcleos de educação do MIS-SP e do Paço das Artes de São Paulo; assim como coordenador artístico-pedagógico do projeto multinacional “A Journey Trough African Diaspora”, do American Aliance of Museuns, em parceria com o Museu Afro Brasil e o Prince George African American Museum. A roda de conversa faz parte da programação especial do Mês da Consciência Negra da Pinacoteca e leva o título “Os museus e seus acervos são como Griôs”, nome da tradição oral de transmissão de conhecimentos. Confira mais informações aqui.
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