Editorial
Cinco painéis com artistas, colecionadores internacionais e especialistas discutiram com o público temas superatuais do mundo das artes
13 abr 2018, 17h30
Já tradicionais na programação da SP-Arte, os Talks garantiram que a 14ª edição do Festival Internacional de Arte de São Paulo fosse mais uma vez um ambiente que discute e aprofunda os temais mais atuais e relevantes do universo artístico. Os 5 painéis deste ano aconteceram nesta quinta e sexta-feira e promoveram um produtivo diálogo entre o público e artistas, colecionadores e especialistas. Uma novidade no Talks/2018 foi a transmissão ao vivo das palestras pelo Facebook, que expandiu o conteúdos dos nossos debates para além do Lounge Bienal. A jornalista e apresentadora do programa Metrópolis, da TV Cultura, Adriana Couto, foi a mediadora das conversas.
Saiba como foram as mesas de conversa, veja fotos dos encontro e assista aos vídeos.
Arte e a diversidade de gênero
A abertura do Talks reuniu artistas jovens e talentosos, com trabalhos multimídia bastante diferentes entre si, mas com algo muito importante em comum: a luta pela inserção de trans e travestis. Ariel Nobre e Rosa Luz mostraram seus trabalhos e foram acompanhados pela jornalista Paula Alzugaray, editora da revista Select, que dedicou sua última edição inteira à diversidade de gênero.
A jornalista Paula Alzugaray e os artistas Rosa Luz e Ariel Nobre discutem diversidade de gênero na arte, em palestra do Talks (Foto: Ênio Cesar para SP-Arte/2018)
Performatividade
Mais do que uma apresentação onde o corpo é instrumento para criar a obra do artista, a performance é também uma manifestação antenada com os movimentos e tendências sociais nos quais está inserida e que surge, justamente, como uma plataformas onde os artistas rompem com barreiras impostas por qualquer tipo de sistema. A performatividade e sua luta contra exclusão, social ou de gênero, foi o tema do papo com Paula Garcia, Maurício Ianês e Bruno Mendonça.
Paula Garcia, Bruno Mendonça e Maurício Ianês (Foto: Ênio Cesar para SP-Arte/2018)
São Paulo nas alturas
O jornalista Raul Juste Lores publicou o livro “São Paulo nas alturas” onde faz um resgate sobre o verdadeiro milagre arquitetônico pelo qual passou a cidade nas décadas de 1950 e 1960. O tema gerou um curso promovido pela galeria Ovo e ganhou espaço na programação do Talks.
Raul Juste Lores e o painel: "São Paulo nas alturas" (Ênio Cesar para SP-Arte/2018)
O universo digital e sua influência sobre as artes
Lançada no ano passado a obra “Odiolândia”, da artista visual, curadora e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, denuncia de forma contundente a intolerância exposta através de mensagens nas redes sociais. Durante o Talks o vídeo foi exibido na íntegra e Giselle comentou sua criação. Em seguida, Luli Radfahrer, da PHD em Comunicação Digital da USP fez um panorama com a história das redes sociais e uma projeção sobre o futuro delas.
Giselle Beiguelman apresenta "Odiolândia" para o público (Foto: Leo Eloy para SP-Arte/2018)
Luli Radfahrer apresenta sua pesquisa sobre redes sociais (Foto: Leo Eloy para SP-Arte/2018)
Os colecionadores nos novos tempos
Dividido em duas mesas o painel trouxe nomes de peso para o palco. Na primeira rodada, o diretor da Galeria Vermelho, Akio Aoki mediou um papo entre Aaron Cezar, da Delfina Foundation, e o colecionador Pedro Barbosa. Em seguida a norte-americana Betty Duker resgatou a história de sua coleção, a maior de arte latino-americana da California, e sua relação afetiva com os países da América do Sul e Central. Pulane Kingston, da África do Sul, trouxe à tona a força dos trabalhos criados por artistas negras africanas e seu vínculo com a dramática história do continente.
Aaron Cezar, Akio Aoki e Pedro Barbosa dividem o palco (Foto: Leo Eloy para SP-Arte/2018)
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