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Picks

Curadores e artistas recomendam obras na 18ª SP–Arte

SP–Arte
9 abr 2022, 15h21

Um dos principais motes da SP–Arte é o esforço de articular diferentes figuras do mercado da arte: a Feira é sempre um espaço para reencontros e primeiros encontros. Os Picks desta edição exploram isso!

Os curadores Jacopo Crivelli Visconti, da 34ª Bienal de São Paulo e da representação brasileira na 59ª Bienal de Veneza, e Paulo Miyada, do Instituto Tomie Ohtake e Centre Pompidou, e a artista Lenora de Barros, que estará na mostra geral da 59ª Bienal de Veneza, destacaram obras expostas na 18ª SP–Arte que lhes chamaram atenção: uma novidade que eles viram pela primeira vez e uma obra de uma ou um artista que eles já conheciam e gostavam e reencontraram por aqui.

Conheça essas escolhas e se inspire para as suas.

Jacopo Crivelli Visconti, curador

Uma novidade: Caroline Rycca Lee (HOA Galeria)

Como obra que conheceu na SP–Arte, Crivelli Visconti destacou o tríptico MOON – JEN – TAWEI (2017–2021), de Caroline Rycca Lee, na HOA, primeira galeria do Brasil fundada por uma pessoa negra, com um programa de artistas que desenvolvem pesquisas decoloniais. O tríptico de Caroline Rycca Lee, pessoa artista e curadora, é composto por máscaras de cerâmica feitas a partir de moldes de sua família: mãe, avó e pai.

"MOON – JEN – TAWEI" (2017–2021), Caroline Rycca Lee (Créditos: Divulgação SP–Arte)

"MOON – JEN – TAWEI" (2017–2021), Caroline Rycca Lee (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Um reencontro: Jonathas de Andrade (Nara Roesler)

“Como obra de artista que conheço bem, não posso deixar de destacar A batalha do todo dia de Dona Severina, de Tejucupapo (2022), de Jonathas de Andrade (1982, Maceió, AL). É o artista que convidei para ocupar o Pavilhão do Brasil nesta Bienal de Veneza, e essa série é o ponto de partida da exposição que ele apresentará lá”. 

"A batalha do todo dia de Dona Severina, de Tejucupapo", 2022, Jonathas de Andrade (Créditos: Divulgação SP–Arte)

"A batalha do todo dia de Dona Severina, de Tejucupapo", 2022, Jonathas de Andrade (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Paulo Miyada, curador

Uma novidade: Manuel Messias (Danielian Galeria

“Foi impactante ver pela primeira vez ao vivo as gravuras de Manuel Messias dos Santos (Aracaju, SE, 1945 – Rio de Janeiro, RJ, 2001), cuja presença cortante é testemunho do quão grandes são as lacunas na memória da arte brasileira. Messias catalisou a fúria e a inventividade em um mesmo gesto, criando um capítulo fundamental na história de um país de violências estruturais que uma e outra vez revelam sua faceta mais perversa.”

"Candomblé" e "Tho its… Wang / Tua é a Forma", Manuel Messias (Créditos: Divulgação SP–Arte)

"Candomblé" e "Tho its… Wang / Tua é a Forma", Manuel Messias (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Um reencontro: Maria Lira Marques (AM Galeria de Arte e Gomide&Co)

“É sempre bom rever Maria Lira, artista telúrica no sentido original do termo, que faz das cores da terra, de suas pedras e de seus sonhos ancestrais a matéria-prima para moldar os personagens de uma cosmogonia.”

Obras de Maria Lira Marques na AM Galeria

Obras de Maria Lira Marques na AM Galeria

Lenora de Barros, artista

Uma novidade: Anitta Boa Vida (Radar SP–Arte – Exposição Hora grande)

Para a artista Lenora de Barros, que exporá na 59ª Bienal de Veneza na exposição Milk of Dreams e que está na SP–Arte com a obra No país da língua grande, dai carne a quem quer carne, a iniciativa de expor novos artistas foi ótima. A pequena peça Trabalhadoras do mundo, uni-vas, de Anitta Boa Vida, imediatamente captou sua atenção ao entrar na exposição Hora grande. Anitta Boa Vida (1985, Rio de Janeiro RJ) é ex-aluna da EAV Parque Lage e cursa Licenciatura em Artes Visuais na UERJ. Em 2017 ganhou uma bolsa da EAV Parque Lage e Goethe Institut para a Documenta 14 com o projeto Woman is the South of the World.

"Trabalhadoras do mundo, uni-vas" (2019–2022), Anitta Boa Vida (Credits: Divulgação SP–Arte)

"Trabalhadoras do mundo, uni-vas" (2019–2022), Anitta Boa Vida (Credits: Divulgação SP–Arte)

Um reencontro: Gokula Stoffel (Fortes D’Aloia & Gabriel)

A mistura entre pintura e tapeçaria de Gokula Stoffel (1988, Porto Alegre, RS), com a obra Continua a ser, que está exposta na Fortes D’Aloia & Gabriel, é o que inspira Lenora. As pinturas de Stoffel incorporam técnicas e materiais tradicionais, mas também empregam suportes variados do cotidiano – tecidos, vidro, lã, folhas de alumínio, entre outros tantos – na criação de superfícies translúcidas e reflexivas que capturam um fluxo contínuo de imagens de naturezas distintas: retratos, paisagens, recortes e texturas abstratas. A presença humana é visível nas formas delineadas do corpo, nos fios de cabelo, nas tramas têxteis e nas garatujas que ocupam partes significativas das composições.

"Continua a ser" (2022), Gokula Stoeffel (Créditos: Divulgação SP–Arte)

"Continua a ser" (2022), Gokula Stoeffel (Créditos: Divulgação SP–Arte)

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