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Lista

Votação aberta da SP–Arte elege as dez melhores exposições de 2024

19 dez 2024, 11h35

Entre os dias 4 e 11 de dezembro de 2024, mais de 1.500 pessoas participaram da votação promovida pela SP–Arte para escolher as dez exposições mais impactantes em museus e instituições culturais, todas abertas neste ano. Nesta quinta, dia 19, temos o prazer de compartilhar os resultados com o público. 

Reforçamos que a seleção é apenas uma amostra da diversidade e da excelência do que foi realizado em território nacional em 2024 e destacamos a premiação de três mulheres nos três primeiros lugares, além de três artistas internacionais. 

Fique ligado(a) em nossas redes sociais para acompanhar artistas brasileiros com exposições em galerias, museus e instituições, tanto no Brasil quanto no exterior. Confira as vencedoras e compartilhe o resultado com seus amigos!

1º lugar

Ideias radicais sobre o amor 

Museu de Arte do Rio 
Curadoria de Daniela Labra e assistência curatorial de Maybel Sulamita
9 de agosto a 24 de novembro de 2024 

A individual de Panmela Castro reuniu 17 obras, entre performances, fotografias, pinturas, esculturas e vídeos, sendo 10 delas inéditas, que versavam sobre as formas de se construir afeto. A proposta foi uma exposição não apenas interativa, mas participativa. Ao ativar cada uma das obras, o visitante tornava-se também coautor, alterando seu formato e conteúdo. 

Vista de "Ideias radicais sobre o amor", Museu de Arte do Rio (Foto: Cris Lucena)

Vista de "Ideias radicais sobre o amor", Museu de Arte do Rio (Foto: Cris Lucena)

2º lugar

O Barco

Instituto Inhotim
Curadoria de Júlia Rebouças e Marília Loureiro
13 de abril de 2024 a fevereiro de 2025 

 

Conhecida por sua prática multidisciplinar e por debater questões ligadas ao colonialismo, Grada Kilomba apresenta O Barco pela primeira vez no Brasil. Na instalação, blocos de madeira desenham a forma de um navio negreiro e são acompanhados por um poema homônimo da artista traduzido para iorubá, kimbundu, crioulo cabo-verdiano, português, inglês e árabe da Síria. Uma performance dividida em três atos acompanha o trabalho durante o período expositivo.

Vista de "O Barco", Instituto Inhotim (Foto: Brendon Campos)

Vista de "O Barco", Instituto Inhotim (Foto: Brendon Campos)

3º lugar

Eleonore Koch: em cena

MAC USP
Curadoria de Fernanda Pitta
6 de abril a 17 de julho de 2024 

 

A curadoria de Fernanda Pitta propôs um olhar cinematográfico para a obra de Eleonore Koch, encarando suas pinturas como cenários. Por isso, os gêneros pictóricos tradicionais nos quais ela investiu — paisagens, interiores e naturezas-mortas — foram organizados em relação aos tipos de enquadramento: planos gerais, planos médios e primeiros planos, respectivamente. Curiosidade: Koch utilizava a técnica de têmpera a ovo que aprendeu no ateliê de Alfredo Volpi e, assim como ele, nunca revelou sua receita por completo. 

Vista de "Eleonore Koch: em cena", MAC USP (Foto: Cecília Bastos/USP Imagens)

Vista de "Eleonore Koch: em cena", MAC USP (Foto: Cecília Bastos/USP Imagens)

4º lugar

Esconjuro

Instituto Inhotim
Curadoria de Beatriz Lemos e Lucas Menezes
13 de abril de 2024 a fevereiro de 2025 

 

Entre instalações, fotografias, vídeos e pinturas, a individual de Paulo Nazareth aponta diversas maneiras de se relacionar com a terra. Ao longo do período expositivo, Esconjuro passa por reformas que resultam em quatro versões diferentes da mesma exposição, relacionadas às quatro estações do ano. “Meu desejo, mais do que tudo, é que exista uma conversa com o público, com os funcionários, com a comunidade local. O desejo é que essa mostra seja viva, algo que esteja acontecendo sempre”, afirmou Nazareth.

Vista de "Esconjuro", Instituto Inhotim (Foto: divulgação)

Vista de "Esconjuro", Instituto Inhotim (Foto: divulgação)

5º lugar

Francis Bacon: a beleza da carne

Masp 
Curadoria de Adriano Pedrosa e Laura Cosendey e assistência de Isabela Ferreira Loures
22 de março a 28 de julho de 2024 

 

A beleza da carne foi a primeira individual no Brasil dedicada a Francis Bacon, um dos artistas mais emblemáticos do século 20. Com 23 pinturas, a exposição propôs um viés queer sobre obras produzidas entre os anos 1940 e 1980. Carregadas de traços de suas experiências pessoais, suas figuras humanas impressionam por traduzir uma tensão explícita entre sedução e violência, vida e morte, beleza e horror.

Vista de "Francis Bacon: a beleza da carne", Masp (Foto: Eduardo Ortega)

Vista de "Francis Bacon: a beleza da carne", Masp (Foto: Eduardo Ortega)

6º lugar

Carlito Carvalhosa – a metade do dobro

Instituto Tomie Ohtake
Curadoria de Ana Roman, Lúcia Stumpf, Luis Pérez-Oramas e Paulo Miyada
25 de outubro de 2024 a 2 de fevereiro de 2025 

 

A retrospectiva percorre quase 40 anos da carreira de Carlito Carvalhosa e foca o caráter experimental de sua trajetória. Entre pinturas, esculturas e instalações, a mostra é dividida em nove núcleos e ocupa três salas do Instituto Tomie Ohtake. A metade do dobro é acompanhada por um audiocatálogo da Supersônica, plataforma concebida por Maria Carvalhosa, filha do artista, no qual curadores, artistas e amigos refletem sobre sua obra. 

Vista de "Carlito Carvalhosa - a metade do dobro", Instituto Tomie Ohtake (Foto: Cabrel Escritório de Imagem)

Vista de "Carlito Carvalhosa - a metade do dobro", Instituto Tomie Ohtake (Foto: Cabrel Escritório de Imagem)

7º lugar

38º Panorama da Arte Brasileira: Mil graus

MAM SP
Curadoria de Germano Dushá, Thiago de Paula Souza e Ariana Nuala
5 de outubro de 2024 a 26 de janeiro de 2025 

 

A noção de calor-limite guia esta edição do panorama de arte brasileira e reúne nomes como Antonio Tarsis, Jayme Figura, Maria Lira Marques, Marlene Almeida, Rebeca Carapiá, Solange Pessoa e Mestre Zimar. A temática faz referências às altas temperaturas não só no âmbito climático, mas também político e social e busca despertar reflexões sobre as transformações causadas por condições extremas. 

Em razão da reforma da marquise no Parque Ibirapuera, esta edição do evento acontece no MAC USP.

Vista da 38º edição do Panorama da Arte Brasileira, MAM SP (Foto: Ruy Teixeira)

Vista da 38º edição do Panorama da Arte Brasileira, MAM SP (Foto: Ruy Teixeira)

8º lugar

Inflamação

Casa Bradesco
Curadoria de Marcello Dantas
15 de setembro de 2024 a 15 de janeiro de 2025

 

A exposição de Anish Kapoor, um dos artistas mais celebrados da atualidade, inaugurou a programação da Casa Bradesco, no complexo Cidade Matarazzo, em setembro deste ano. A cor vermelha é o fio condutor da mostra, que propõe investigar o interior físico e psicológico do humano. Conhecido por espelhos que distorcem a imagem do observador, o artista desenvolveu uma obra especialmente para dialogar com o espaço intitulada Blinded by Eyes, Butchered by Birth

Vista de "Inflamação", Casa Bradesco (Foto: divulgação)

Vista de "Inflamação", Casa Bradesco (Foto: divulgação)

9º lugar

Claudia Andujar: minha vida em dois mundos

Pinacoteca do Ceará 
Curadoria de Eduardo Brandão
22 de junho a 29 dezembro de 2024 

 

A retrospectiva de Claudia Andujar na Pinacoteca do Ceará reúne os principais conjuntos de sua obra. O título da exposição, minha vida em dois mundos, destaca a atuação da fotógrafa e ativista em diferentes territórios, campos de conhecimento e práticas sociais e culturais. Com a infância marcada pelo nazismo, Andujar chegou no Brasil em 1955 e, sem falar o idioma, passou a utilizar a fotografia para se comunicar. Ao longo dos anos, tornou-se também uma militante, atuando com povos indígenas em defesa de seus territórios e modo de vida, principalmente dos Yanomami. 

Vista de "Claudia Andujar: minha vida em dois mundos", Pinacoteca do Ceará (Foto: Marilia Camelo)

Vista de "Claudia Andujar: minha vida em dois mundos", Pinacoteca do Ceará (Foto: Marilia Camelo)

10º lugar

Lygia Clark: projeto para um planeta

Pinacoteca de São Paulo 
Curadoria de Ana Maria Maia e Pollyana Quintella
2 de março a 4 de agosto de 2024 

 

Mais de 150 obras que abrangem os 30 anos de carreira de Lygia Clark ocuparam as sete galerias da Pina Luz em um convite à participação do público. Um dos nomes mais importantes da arte brasileira, Clark foi parte de uma geração responsável por ampliar linguagens, estabelecer vínculos com questões socioculturais e engajar pessoas na experiência de criar. A exposição incluiu um tablado com réplicas de Bichos (1960), sua série mais icônica, para o público manusear e a obra Maquete para interior nº 3 (1955) remontada em grande escala especialmente para a ocasião, além de trechos de filmes, fotos e documentos. 

Vista de "Lygia Clark: projeto para um planeta", Pinacoteca de São Paulo (Foto: Isabella Matheus)

Vista de "Lygia Clark: projeto para um planeta", Pinacoteca de São Paulo (Foto: Isabella Matheus)

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