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Masters

Maria do Carmo M. P. de Pontes é a nova curadora do setor Masters

2 dez 2019, 15h26

Atenção: a SP–Arte 2020 foi cancelada devido à pandemia de COVID-19. Em breve, confira novidades sobre a 17ª edição do Festival Internacional de Arte de São Paulo.

Em 2020, a curadora Maria do Carmo M. P. de Pontes assume o comando do setor Masters na SP-Arte, que acontece de 1º a 5 de abril, no Pavilhão da Bienal (Parque Ibirapuera). Com o objetivo de criar uma exposição histórica e apresentar nomes relevantes para o desenvolvimento da arte brasileira e internacional, o setor foca, sob curadoria de Pontes, em artistas cujas trajetórias se aproximam pela interrupção prematura da vida, relacionando-os a produções de artistas que envelheceram, e, portanto, tiveram mais domínio na construção de suas trajetórias.

Ao reunir nomes cujas semelhanças entre si são tecidas por suas histórias pessoais, Pontes busca estabelecer um encontro de estéticas que não passa por noções de tema, técnica ou geração. A curadora promete ainda refletir sobre questões como: o que define uma produção como histórica? A partir de que momento podemos classificar um artista como tal? “Há uma diferença intrínseca no modo de olhar produções que foram abruptamente interrompidas e produções daqueles que envelheceram, e portanto tiveram mais controle sob a narrativa de sua obra”, completa.

Realizada há quatro anos, a pesquisa da curadora reúne mais de 160 artistas que faleceram com até quarenta anos e, futuramente, dará origem a uma publicação. Um recorte desses nomes irá compor o setor na 16ª edição da SP-Arte: “Essa é uma oportunidade de refletir sobre o trabalho dessas pessoas em relação uns aos outros, e de transformar uma pesquisa corrente em uma exposição física”, afirma a curadora.

A curadora

Maria do Carmo M. P. de Pontes (São Paulo, 1984) é escritora e curadora independente, com mestrado em curadoria pelo Goldsmiths College. Projetos e exposições recentes incluem “Rhythmic Beats: Ivan Serpa and His Legacy” (2019), na Embaixada do Brasil em Londres; “Faço tudo para não fazer nada” (2017–18), individual de Carlito Carvalhosa na Galeria Nara Roesler, São Paulo; “Hallstatt” (2016–17), no Galpão Fortes D’Aloia & Gabriel, São Paulo; a curadoria dos Solo Projects da feira ARCO Madrid (2016); “Akakor” na Baró Galeria, São Paulo (2015); e “Alter-heróis” (2014) no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC–USP). Em 2014, fundou a Question Centre, uma plataforma nômade de exposições curtas cujo recorte estabelece relações geracionais entre artistas. Vive e trabalha em Londres.

Setor Masters em 2019

Com curadoria de Tiago Mesquita, o setor apresentou uma exposição com recorte histórico, focando em artistas do século 20, sobretudo nomes relevantes para o contexto pós-Segunda Guerra Mundial (entre 1950 e 1980). Problemáticas peculiares ao período, tais como crises de representação e um viés conceitual de tom crítico, permearam os trabalhos selecionados na edição.

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