Editorial
Fotógrafa Claudia Andujar fala sobre trabalho de décadas com povo Yanomami
25 jul 2017, 17h13
A convivência com o povo Yanomami, o entendimento profundo da cultura indígena, a briga contra uma herança colonizadora, a tradução visual e poética dessa experiência. Esse são alguns dos pilares do projeto fotográfico que Claudia Andujar, suíça radicada no Brasil, desenvolve desde os anos 1970 na Amazônia Brasileira.
É sobre essa trajetória que a artista fala no Galpão VB (SP), no dia 29 de julho, sábado, durante o encerramento da exposição coletiva “Nada levarei quando morrer, aqueles que me devem cobrarei no inferno”, da qual participa com imagens produzidas nas aldeias indígenas do país. Com realização da SP-Arte e da Associação Cultural Videobrasil, a conversa é aberta e terá mediação de Gabriel Bogossian, co-curador da mostra, ao lado de Solange Farkas.
Andujar teve seu primeiro contato com a Amazônia ao produzir uma fotorreportagem para a extinta revista Realidade (Editora Abril), no começo dos anos 1970. Desde então, séries como “Catrimani” e “Marcados” aproximaram ainda mais os Yanomamis da artista, que se tornou uma forte ativista pelos direitos dos povos indígenas.
Ao site da Associação Cultural Videobrasil, Bogossian afirma que o trabalho de Andujar é um duro discurso contra uma política de “colonização interna” que o Estado Brasileiro promove na Amazônia. “Ao retratar o povo Yanomami com esse olhar afetivo e respeitoso, a Claudia produziu, de dentro desse ciclo de violência, um desvio, um antídoto discursivo contra a voracidade estatal, a favor das vítimas do Estado brasileiro”, destaca o curador.
Conversa com Claudia Andujar
Mediação de Gabriel Bogossian
Galpão VB: Av. Imperatriz Leopoldina, 1.150 (São Paulo)
29 de julho, sábado, às 15h
Perfil SP–Arte
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