Curadoria 365 : Entrevista com Carollina Lauriano

Você pode contar um pouco sobre o que norteou sua curadoria nesta primeira edição do Curadoria 365?

CL : A ideia histórico/social/político/econômico da construção do corpo sempre esteve presente dentro de minhas pesquisas, porque para falar sobre gênero, raça e identidade de gênero é preciso compreender as leituras que a sociedade ainda carrega sobre normatividade para assim podermos desconstruí-las. O que eu pensei para esta curadoria, foi trazer um pequeno recorte de como alguns artistas têm utilizado o corpo como suporte para uma estratégia de subversão e resistência a um mundo que tenta diariamente inviabilizá-los.

Como você enxerga a possibilidade das curadorias em plataformas virtuais?

CL : Essa resposta sempre me coloca em contradição. Eu vejo como um potencial de ampliar discussões, uma vez que elas podem ter a capacidade de atingir um público maior, uma vez que elas extrapolam limites geográficos; ao mesmo tempo, é uma outra forma de experienciar a arte, já que nenhuma tela é capaz de dar a dimensão do real e todas nuances que envolvem o embate do corpo com a obra, das ativações subjetivas e etc.